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O Cardeal de Juarez Anunciação
http://aventurasdocardeal.blogspot.com.br/2013/11/o-cardeal-de-juarez-anunciacao-em_26.html
Super-heróis de histórias em quadrinhos existem nos
Estados Unidos desde os anos 30 (“Fantasma”, “Superman”), mas só nos anos 60 eles pegaram para valer no Brasil.
Para pegar carona no sucesso dos heróis Marvel e da EBAL, as pequenas editoras brasileiras, em parceria com desenhistas locais, resolveram também criar seus clones. Um dos primeiros super-heróis brasileiro surgiu, na verdade, nos anos 50 e não nos quadrinhos, mas na televisão. Tratava-se do “Capitão Sete“.
O Capitão 7 foi criado por seu próprio interprete Aires Campos. Em sua versão para televisão, que era transmitida ao vivo, o personagem não tinha superpoderes, afinal seria complicado com os efeitos da época fazer o Capitão 7 voar, por exemplo. Tudo era feito muito em cima do improviso, um erro seria fatal para o desenrolar da história. Foram mais de 500 histórias (gravadas ao vivo) apresentando um herói nacional lutando contra o crime e a injustiça, na mesma época em que eram exibidas as séries brasileiras Falcão Negro e O Vigilante Rodoviário.
O Capitão tinha como assistente a então garota-propaganda da Record, Idalia de Oliveira. Contava com sua nave, onde observava as atitudes dos demais humanos na Terra. Quando encontrava alguém em apuros, descia da nave, vestia seu capacete e sua inconfundível roupa, com um “sete” atravessado por um relâmpago no peitoral. O número sete era por causa do canal. Assim, todos associavam o Capitão Sete, como o “herói da Record”, “herói do 7″.
Capitão 7 - Rede Record
Uniforme do Capitão 7 - Rede Record
- A cidade Perdida
- A Deusa do Sol
- O Reino do Terror
- A Pedra Sagrada
- A Máscara Diabólica
- O Dragão Negro
- O Punhal de Prata
- Os Vingadores
- A Destruição da Terra
- O Ás de Espadas
- O Mistério de Klebir
- Os Sete Guerreiros
- O Tesouro Espanhol
- O Rei do Terror
- O Mistério das Jóias
Capitao 7 na Record e certificado do Clube do Capitão 7
A origem do herói remonta sua infância, numa cidade do interior paulista, quando sua família ajudou um alien que, em troca, cuidou da educação do pequeno Carlos em seu planeta de origem. Quando voltou, o jovem tinha superpoderes. A partir daí, passou a enfrentar vilões na Terra e no espaço e, em sua identidade secreta, era um tímido químico. O programa era em preto e branco, mas o figurino do herói, na TV, era originalmente de coloração azul e preta. Até 1960, a série era escrita por vários roteiristas. Depois todos os episódios passaram a ser escritos, produzidos e dirigidos por Alice M. Miranda, mais conhecida no meio artístico por Maio Miranda. Ela ficou responsável pela série até o último mês de sua gravidez. Alguns meses depois, Capitão 7 saiu do ar.
Por causa do sucesso do herói entre seu público infantil, foi criado um Clube, apoiado pelo personagem e patrocinado pela Vigor, que incentivava crianças e jovens a manter um corpo sadio, ter amor aos estudos e não agir com violência. Para se associar ao Clube do Capitão 7 os fãs tinham que juntar dez tampinhas do leite Vigor que, nessa época, era vendido em garrafas de vidro e levá-las na sede do Clube. A entrega do honroso diploma e carteirinha era feita aos emocionados sócios em uma cerimônia que contava com a presença do próprio herói.
Capitão 7 fazia sucesso com as crianças
- Ayres Campos ….. Capitão 7 / Carlos
- Idalina de Oliveira ….. Silvana
- Silvio Silveira ….. Tenente
- Gilberto Chagas
- Rony Rios
- Altair Lima
- Nelsa Amaral
- Hélio Ansáldi
Quadrinhos do Capitão 7
Capas de revistas em quadrinhos do Capitão 7
O gibi do Capitão 7 durou cerca de 54 edições, até 1964. A diferença entre a série de TV e a revista em quadrinhos, é que no gibi, ao contrário da TV que era na época extremamente limitada (não existiam recursos de informática, hoje tão amplamente utilizados) os artistas eram livres para desenhar Capitão 7, por exemplo, voando, levando um veículo que pesa toneladas, enfim colocando em prática seus super-poderes concedidos pelo alienígena.
Nos anos 80, Ayres Campos criou uma empresa de fantasias de super-heróis para crianças com o nome de Capitão 7, o personagem chegou a ganhar uma revista promocional distribuída como brinde na compra das roupas. Em 11 de junho de 2003 o ator Ayres Campos faleceu aos 80 anos. Mas seu legado continuou vivo em 2006, a Marisol S.A. lançou na revista Triplik (revista oficial das marcas Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre saindo de forma mensal pela Editora Profashional), novas hqs com o Capitão 7, tendo como roteirista e ilustrador Danyael Lopes. Capitão 7 foi ilustrado inclusive com ajuda de recursos de computação gráfica, diferente das origens em que o processo fora totalmente “artesanal”.
Mais recentemente em 2010 onde a família autorizou o jornalista e roteirista Roberto Guedes a publicar um encontro entre o Capitão 7 e o Fantastic Man (criação de Tony Fernandes) ilustrado por Carlos Henry.
Capas de algumas revistas do Capitão 7
Outras revistas do Capitão 7
Mais capas de revistas do Capitão 7